Um Blog Católico para filhos de Nossa Senhora que não tem medo. Para aqueles que ainda restaram e que são heróis da Fé. Os que têm a coragem de acreditar quando muitos já perderam a Fé. Os que não temem dizer a verdade entre os mentirosos. Os que não vão na onda do mundo moderno e são como rochas inabaláveis em sua Fé. Os que não temem a morte e sabem que há valores pelos quais se deve viver ou morrer. Venham os que são Bravos e Destemidos, Intrépidos Defensores da Fé Católica.

“RESIDUUM REVERTETUR!” – “UM RESTO VOLTARÁ!”

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pílulas feitas com carne de bebês são descobertas na Coreia do Sul


Milhares de pílulas “milagrosas”, que continham carne humana em sua composição, foram descobertas por oficias da alfândega na Coreia do Sul. As cápsulas de origem chinesa eram vendidas com a licença de uma companhia médica onde os bebês eram abortados ou deixados depois de mortos.

De acordo com o jornal inglês Daily Mail, os corpos eram levados e colocados em geladeiras caseiras nas casas dos próprios envolvidos no esquema. Depois, os cadáveres eram removidos e levados para clínicas e colocados em um micro-ondas de secagem, instrumento usado na indústria farmacêutica.

Apesar de só ter sido divulgado nesta semana, a descoberta foi feita em agosto do ano passado e chocou as autoridades que reforçaram a fiscalização desde então. Os chineses já estão cientes do crime tentaram barrar as pílulas, mas milhares já haviam sido exportadas para a Coreia do Sul.

Existe uma grande demanda por medicina alternativa chinesa e os remédios incluem até chifre de rinoceronte. Historicamente, algumas pessoas na China consomem placenta humana para aumentar a quantidade de sangue no corpo e melhorar a circulação.

As autoridades de saúde da Ásia tem consciência de que é difícil controlar o tráfico de pílulas feitas com fetos. Elas são facilmente comercializadas para o mundo todo por meio da internet, e são procuradas por pessoas doentes e desesperadas por uma cura.

O serviço de alfândega da Coreia do Sul disse hoje que aumentou a busca por pacotes suspeitos trazidos por estrangeiros, principalmente os com selo chinês.

Segundo um documentário sul-coreano, as clínicas de aborto na China repassam os corpos dos bebes, para essas companhias que fazem medicamentos.

De acordo com o The San Francisco Times, os testes feitos nas pílulas mostram que elas contêm 99,7% de carne humana em sua composição. Os resultados afirmam que a carne usada na fabricação é, realmente, de bebês.

Apesar da descoberta desagradável da chamada pílula da juventude, para evitar conflitos diplomáticos, as autoridades sul-coreanas recusaram-se a confirmar de onde vêm as cápsulas e a origem dos corpos.

Fonte (texto e foto):
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/pilulas-feitas-com-carne-de-bebes-sao-descobertas-na-coreia-do-sul-20120507.html

terça-feira, 1 de maio de 2012

Heroísmo católico na Nigéria

Na igreja de Santa Teresa em Madalla, Nigéria, na saída da missa de Natal, a milícia islamita de Boko Haram assassinou covardemente 44 fiéis e feriu mais de cem.

A imagem de Nossa Senhora da Piedade ficou coberta com o sangue dos mártires, espalhado por violenta explosão.

Na confusão, forças do exército começaram a disparar contra milhares de fiéis em pânico, quando o Pe. Isaac Achi se interpôs entre os militantes e os paroquianos.

Os soldados cessaram então o tiroteio.

Para os fiéis, seu pároco passou a ser considerado um verdadeiro herói católico que enfrentou destemidamente o ódio satânico da cristofobia que assola vários países.

Fonte: Agencia Boa Imprensa
http://agenciaboaimprensa.blogspot.com.br

terça-feira, 3 de abril de 2012

Declaração sobra a Maçonaria


CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ

DECLARAÇÃO SOBRE A MAÇONARIA

Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da maçonaria pelo facto que no novo Código de Direito Canónico ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior.

Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redaccional seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas.

Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.

Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçónicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de Fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, p. 240-241).

O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a Audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, decidida na reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação.

Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de Novembro de 1983.

Joseph Card. RATZINGER
Prefeito

+ Fr. Jérôme Hamer, O.P.
Secretário

FONTE:
http://www.doctrinafidei.va/documents/rc_con_cfaith_doc_19831126_declaration-masonic_po.html

quinta-feira, 15 de março de 2012

Dom Pestana, Fátima e o Concilio Vaticano II


Roma: discurso de Dom Manoel Pestana Filho, bispo emérito de Anápolis, em conferência sobre Fátima.

Apresentamos nossa transcrição do discurso proferido por Sua Excelência Reverendíssima Dom Manoel Pestana Filho, bispo emérito de Anápolis (Goiás), no “The Fatima Challenge Conference”, em Roma, no último dia 7. De antemão agradecemos as possíveis correções feitas ao nosso trabalho.

Excelências, irmãos padres, religiosos e religiosas, Não esperem muito de mim, pois sou baixinho, mas, em suma, devo falar alguma coisa e me pediram que, ao menos, eu me comunicasse com vocês.

Roma, 7 de maio de 2010. Dom Manoel Pestana Filho discursa em conferência sobre Fátima e apresenta o livro de Monsenhor Gherardini - Concilio Vaticano II, un discorso da fare.

Algo que me parece sempre incerto é a questão do Concílio Vaticano II. Na última sessão, da qual participei, uma comissão foi até a Irmã Lucia, em Coimbra, e eu lhe encaminhei uma pergunta por escrito. Minha pergunta foi a seguinte: o terceiro segredo de Fátima tem alguma relação com o Concílio Vaticano II? A Irmã Lucia respondeu — não a mim, mas a um padre que fora com a comissão — “não estou autorizada a responder esta pergunta”. Isso é muito interessante. [...] é um sinal de alguma reserva no terceiro segredo e esta reserva tinha alguma relação com o Concílio Vaticano II.

Mas, como reversas com o Concílio Vaticano II? Estudei aqui em Roma, estudei Teologia, e isso me impressionava muito. Eu também tinha lido dois livros sobre Fátima, um do padre Marc, e um outro de um padre português, que tinha sido diretor espiritual num seminário brasileiro. E uma coisa interessante para mim era entender esta razão. E nesse meio tempo, soube que o Santo Padre Pio XI desejava reabrir o Concílio do Vaticano. O Cardeal Billot o advertiu: “Santidade, me parece que isso é um perigo, porque estamos no tempo dos modernistas e esses modernistas criaram muita confusão na Igreja. Se o concílio for aberto agora, todos estarão em condição de participar, porque muitos também eram hierarcas da Igreja e creio que isso seria uma magnífica confusão entre os teólogos, sacerdotes, religiosos e até o povo, porque todas estas questões que já haviam sido esclarecidas e algumas condenadas pela Igreja desde Pio X e também um pouco por Bento XV, estas questões estariam livres para discussão e creio que não seria bom para a comunicação e para a opinião católica”.

Soube que o Papa levou em consideração o que havia dito o Cardeal Billot – o Cardeal Billot foi retirado do cardinalato alguns anos depois, mas esta é outra questão – mas o Papa teria dito sim, [o Cardeal] tem razão.Soube também que Pio XII teve uma idéia [sobre um concílio] – estudei quatro anos em Roma quando ele era Pontífice – mas estas razões [mesmas] lhe fizeram pensar e naqueles anos ele havia escrito uma carta encíclica Humani Generis, onde ele condena aberta e duramente todas as posições modernistas, citando, inclusive, muitos teólogos de seu tempo. Eu depois fiz [...] um trabalho [...] sobre esta encíclica e situei muitas de suas citações [de autores] que eram anônimas, mas eram citações, nesta encíclica. Por exemplo, Padre Congar, por exemplo, Padre Schillebeecxs, e outros. [...], mas o Santo Padre havia denunciado muitos teólogos que depois fariam sucesso com os seus escritos.E por isso creio que o Papa Bento XVI, com sua prudência e sabedoria, não tenha citado nas obras do Papa Pio XII esta encíclica. É interessante, pois me perguntaram uma vez: por que o Papa não cita a Humani Generis? Pensei, pensei, e disse: creio que se o Papa tivesse citado esta encíclica ele criaria um ambiente de oposição a Pio XII por parte de teólogos famosos que continuam tendo muita influência nas questões da Igreja e haviam sido grandes homens famosos, aplaudidos, no Concílio Vaticano II.

Para mim foi uma decisão de muita prudência e sabedoria [...]. Depois, quando a questão da canonização tivesse avançado, eles tomariam certamente outra posição.Mas retornemos. Seria possível que Nossa Senhora tivesse dito que não era de seu gosto, que não lhe agradava uma realização do Concílio? Eu não sei, mas se pode pensar. Com isso eu não quero dizer que o Concílio Vaticano não seja legítimo… e não seja também uma benção para a Igreja.Não sei se vocês conhecem este livro de Brunero Gherardini, Concilio Vaticano II – Un discorso da fare – publicado pelos Franciscanos da Imaculada, aquela congregação fundada pelo padre Manelli, que é interessantíssimo… terrível este livro… mas mantém uma posição muito justa, muito bem fundamentada. Ele diz que no Concílio foram ditas muitas coisas que não são boas. Um comentarista francês dizia que era necessário distinguir aquilo que foi dito no Concílio, e foram ditas tantas coisas tolas, por exemplo, quando se discutia – e com todo respeito – a maternidade divina de Maria e também Maria mãe da Igreja; um bispo mexicano, Méndez Arceo, provocou risos, muitos risos, quando disse: “isso não me agrada, pois, se Maria é mãe da Igreja, e se a Igreja é nossa mãe, Maria não será nossa mãe, mas nossa avó”. Uma piada fora de lugar, mas, em suma, tudo era possível, e era uma Excelência que falava. E outras coisas que foram ditas; evidentemente, num ambiente de discussão, pode-se dizer tanta coisa tola [...] o delito que o homem usa e abusa de dizer o que pensa. Portanto, é necessário compreendê-lo.

Mas é ainda mais interessante que muitos daqueles que foram condenados por Pio XII – De Lubac, De Le Blond, Danielou, Congar, etc – eram homens do dia, atuais, durante o Concílio.Mas, verdadeiramente, eu soube de uma coisa interessante: um professor da Universidade Gregoriana, que fora responsável pela comissão para os textos preliminares para o Concílio – Padre Tromp – um teólogo magnífico… Falei com ele um pouco antes de sua morte. Ele era meu professor na Gregoriana e eu até fiz um curso especial com ele. E eu perguntei como ele avaliava esta situação e ele me respondeu o seguinte: o Concílio foi um concílio bastante difícil, muito difícil, tanta energia desperdiçada, mas, em suma, uma coisa que se deve dizer é que o Concílio Vaticano II, com todas estas discussões, declarações, documentos, etc, etc, é também a indicação dada por João XXIII de ser um concílio pastoral. Até hoje não se compreende bem este sentido, sentido bem profundo de concílio pastoral. Mas sabemos que não era um concílio de definições, que terminava assim: “todos que disserem o contrário sejam anátemas, etc, etc,” como era praxe. Mas era um concílio que tratava questões católicas, religiosas e mesmo questões não religiosas, mas não concluía mais como os outros concílios, com condenações, excomunhões. Não era um concílio dogmático.

Este sacerdote, que fora nomeado chefe da comissão de redação dos textos preliminares por João XXIII, me disse: “É incrível que um Concílio assim, complexo, heterogêneo, no final das contas tenha contribuído para um dos documentos mais seguros, fundamentais da Igreja. Sim, e ele aludia ao Capítulo 8º da Lumen Gentium. Para o Padre Tromp, este documento seria um dos maiores documentos de toda a história da Igreja.Bem, nesse Concílio havia um homem que eu admirava muito, muitíssimo, tinha lido várias vezes um de seus livros: “Teologia do Apostolado”, Cardeal Suenens e que, em suma, me fez sofrer[...]. Ele tomou a posição de comando, um comando externo, dos bispos da Alemanha e Holanda. Mas, em suma, ele era um mariólogo, um devoto de Maria e certamente ele é quem inspirou e acompanhou a redação do capitulo 8º. Bem, por que digo isso? Porque quando Suenens disse: “Santidade, não somos crianças [...]”. Recebemos uma carta, para logo ler e assinar. Nós somos bispos, nós somos sucessores dos apóstolos. Sabemos o que fazemos. [... ]. Temos que ler os esquemas e depois vamos discuti-los.

E João XXIII, vocês sabem disso, se amedrontou e disse: “sim sim, faremos um Concílio pastoral” Não há Constituições Dogmáticas num Concílio Pastoral. Faremos um Concílio para discutir as questões do momento, e não as questões de sempre, e dar a resposta convencida pela prudência e sabedoria evangélica.O estudo feito por Gherardini considera todas essas questões e diz claramente: o Concílio é uma grande graça para o mundo, e também é este concílio, tantas coisas são ditas, mas não há nenhum peso dogmático. [..] Há coisas que podemos chamar de incertas… até alguns teólogos depois do Concílio Vaticano II disseram que a linguagem da teologia de hoje é uma linguagem de incertezas, não há nenhuma certeza em suas declarações.Assim, me parece que isso explica que tantas coisas tenham chegado a nós com muito pouco fruto. Pelo contrário. Vejamos. Dentro do Concílio Vaticano II, não nas reuniões, foram feitos acordos com os representantes da Rússia para que não se falasse do comunismo, não se falasse de Rússia. Mas isso é o contrário da mensagem de Fátima. O centro da mensagem [...] era a Rússia, da qual virão grandes males para a Igreja e para o mundo. Mas fizeram um acordo.

Ah sim! Porque havia bispos ortodoxos [para participar do Concílio]. E nós sabemos hoje que muitos bispos não só na Rússia, mas na Polônia e outros lugares, para não terem obstáculos da parte do governo comunista, faziam vistas grossas a certas coisas. Por exemplo: nós sabemos que este escândalo ocorreu na Polônia de um arcebispo que fora nomeado e que no momento de tomar posse da diocese ele simplesmente disse: “não, não posso tomar posse, porque encontraram um documento assinado por mim que me permitia sair da Polônia para estudar em Roma com a condição de colaborar com o governo sobre as coisas da Igreja que lhe interessavam.”. Este é o problema. [...] O arcebispo de Kiev, que era um homem que se aproximou muito de João Paulo I, na última audiência, morreu lá diante do Papa. Ele não era ninguém menos que um chefe da KGB e era arcebispo de Kiev. Coronel da KGB. [...] É um trabalho de muito tempo de infiltração na Igreja Católica, e se pode dizer que também o fato de Judas fazer parte do colégio apostólico, não disse nada contra Cristo, e no último momento quis lhe trair: “amigo, a que viestes?”. [...] Há momentos extremos de traição e por isso o Senhor tem muitos e muitos caminhos. [...]

Por outro lado, por exemplo, nós sabemos da influência da maçonaria no último Concílio não foi pouca, porque o próprio Monsenhor encarregado da liturgia – Bugnini – tinha escrito uma carta ao chefe da maçonaria italiana, dizendo que pela liturgia havia feito tudo que era possível; tudo aquilo, segundo recebeu instruções, mais não poderia ser feito. [...] Um padre polonês que encontrou este ofício o levou imediatamente a Paulo VI, que o mandou para fora de Roma, na nunciatura no Irã. Até Monsenhor Benelli, que era o braço direito do Papa, também foi retirado de Roma e estranhamente ambos morreram pouco depois em circunstâncias misteriosas. Dizíamos que era uma queima de arquivo. Entendem, não?

Quero dizer que mesmo os inimigos estando presente dentro da Igreja, isso não deve nos atemorizar, pois o próprio Cristo já contou aquela parábola [...] do trigo e do joio juntos e o Senhor disse “deixai crescer”, depois, na hora da colheita se separará os dois. Pois os maus, como diz Santo Agostinho, ou existem para se converter ou para nos santificar. E isso é verdade. [...] O Senhor, no antigo testamento, deixava os povos bárbaros e desumanos presentes e próximos do povo eleito para garantir a sua fidelidade e seu espírito de sacrifício. E por isso não devemos de maneira alguma pensar que estes problemas possam abalar a nossa fé. Absolutamente!

Uma vez, quando disse um pouco dessas coisas num encontro de bispos, um deles se levantou e me disse: “Você não crê no Espírito Santo?”. Eu disse: “Creio sim, e por isso estou aqui, porque creio no Espírito Santo e sei que as portas do inferno não prevalecerão”. “Eu estarei convosco até o fim do mundo”, tenhamos esta certeza absoluta, não podemos duvidar daquilo que Cristo disse. Isso seria um suicídio religioso. Se não creio em Cristo, em que acreditaria? Em meu pai, em minha mãe, em meu amigo, no Papa? Se não creio em Cristo… e por isso estou seguro, seguro com armas, com sofrimentos, com sangue, sim, sim, é verdade. Quando penso, por exemplo, no Pe. Gruner, vejo nele um mártir da Igreja moderna, sem dúvida. Não se pode compreender a sua vida sem a palavra de Deus que diz: “o reino dos céus é sofre violência, e são os violentos que o alcançam”.Creio que poderia dizer – digo como uma palavra minha — e suspeitar que o Concílio Vaticano II está relacionado [...] com o terceiro segredo de Fátima. Alguns de vocês me dirão: “mas isso não é atual”. Mas é atual sim, pois se nós publicamos isso, teremos que enfrentar o temor de nossos fiéis que dirão: “O que? Vocês não acreditaram?”… Porque me dirão que eu fui fraco, que eu fui estúpido… essas não são justificativas para que eu possa dizer: “não sou responsável” ou “não estava nessas coisas”.[...] victoria quae vincit mundum: fides nostra. A nossa fé é a vitória que vence o mundo. Que vence o mundo! Eu estarei convosco até a consumação dos séculos. As portas do inferno com ela. Nem a maçonaria que é o corpo místico de Satanás, nem as heresias são realmente a lepra da nossa Igreja, mas que encontram sempre na graça de Maria e no amor de Cristo um remédio salutar para todos os males, nada disso me deve fazer perder a coragem ou deixar de lutar.

Um dia eu falava na conferência dos bispos do Brasil contra o aborto, porque eu trabalho muito – poderia e deveria ter trabalhado ainda mais. E um bispo me disse: “Mas Dom Pestana, o senhor tem que entender que não podemos perder tempo [...] com uma batalha perdida. O aborto vem! Como veio para quase todas as nações. Não se pode perder tempo com essas coisas”. E eu disse: “Excelência, Deus não te julga se ganhamos ou não a batalha, mas se lutamos e se lutamos bem”. E assim penso que vocês estão fazendo, e por isso estou aqui com a alma renovada, encorajado [...] mesmo com o meu joelho com duas placas de metal.Deve-se pensar nisso: eu devo lutar. [...]. Sempre recordo de uma estória, e gosto de contar estorinhas [...] para ensinar o catecismo. Um elefante corria na África e, de repente, uma formiga na sua orelha lhe diz: “Elefante, olhe para trás, veja quanta poeira estamos fazendo”. Nós estamos fazendo. E pensamos que somos nós que estamos fazendo. E por isso o personalismo no apostolado é um grande perigo. É Deus quem faz, e só quando os homens se convencerem que Deus faz aquilo que nós fazemos é que acreditarão em nós. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, Amém.

Fonte:
http://fratresinunum.com/2010/05/24/roma-discurso-de-dom-manoel-pestana-filho-bispo-emerito-de-anapolis-em-conferencia-sobre-fatima/

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A morte de um ímpio


VOLTAIRE, UM DOS PENSADORES DA REVOLUÇÃO FRANCESA

A biografia desse homem, que se dedicou à impiedade os 84 anos de sua vida, é-nos relatada por um seu admirador e grande escritor, Jean Orieux (“Voltaire ou la Royauté de l’Esprit”, Flamm-marion, Paris, 1966, 827 paginas). Nesse livro se encontra os traços da vida de Voltaire.

Seu nome era François Marie Arouet, mas conhecido como VOLTAIRE (1694-1778), nasceu na burguesia e era filho de um notário e sua mãe era uma senhora digna. Porém, Voltaire, revoltado contra a sua própria condição - tinha despeito de não ser nobre - não achou nada melhor para alimentar sua revolta do que denegrir infamemente a sua própria mãe:

“Ele dá a entender muito claramente que sua mãe teria tido amantes e que ele seria filho de um deles.”

Apesar de ser “rico como um próspero banqueiro”, aos 56 anos, morando na Prússia, “ele se acumpliciou com um traficante berlinense, um judeu, Hirsch, para montar um negócio de especulação ilegal. Nada era mais suspeito que seu associado e sua associação”.

Voltaire era anti-religioso, mas por muitas vezes fez-se passar por religioso e fingia estar recolhido em oração. Depois comentou: “É um muito bom estratagema de guerra ir junto aos inimigos para abastecer-se de artilharia contra eles”.

Voltaire era adúltero e incestuoso. Viveu 17 anos com uma mulher casada - Mme. de Chatelet - e chegou a dividir seu leito com outro concubino que ela arranjara, além do próprio marido. Ocorreu de estarem os quatro no mesmo castelo! Juntou-se também incestuosamente à própria sobrinha, viúva, Mme. Denis.

Voltaire era dominado pela soberba e pelo orgulho. Ele próprio se elogiava. Ademais não admitia criticas a suas obras, e quando as recebia entrava “em crise de furor”.
Quando assistia as representações de suas peças “ele saltava por vezes na cena e corria entre os atores. Em sua poltrona, ele exclamava, gemia, chorava enquanto agitava o lenço, e até desmaiava caído sobre seu assento”.

Desprezava o povo simples, ao qual chamava “a canalha”, queria que se “proibisse o estudo para os trabalhadores”, e dizia que “o maior serviço que se possa prestar ao gênero humano consiste em separar o povo tolo das pessoas de bem, para sempre”.

A MORTE DE UM IMPIO:

O médico que o viu morrer, Tronchin, escreveu: “Eu queria que todos os que foram seduzidos por seus livros fossem testemunhas de sua morte. Não é possível manter-se ante tal espetáculo... Pouco tempo antes de morrer entrou em agitações horríveis, gritando com furor: ‘Eu estou abandonado por Deus e pelos homens’. Mordia os dedos, e levando as mãos a um vaso noturno, tomando o que ali havia, ele o bebeu”.
Mme. Villete, dona da casa em que morreu Voltaire, contará mais tarde ao Pe. Depery que descreverá a seguinte cena: Voltaire “via o diabo nas cercanias da cama e gritava como um condenado: ‘ele está lá, ele quer me pegar, eu vejo o inferno’”.
No dia 30 de maio de 1778, às 11 horas, Voltaire estava com os olhos fechados quando “repentinamente lançou um grito atroz, terrível, interminável” e morreu. Todos ficaram aterrorizados.

(Seleta de trechos, originalmente publicado na revista "Catolicismo" numero 466 de outubro de 1989.)

sábado, 14 de janeiro de 2012

Os Ultramontanos e as Congregações Marianas


Na foto ao lado temos o grande Santo Inácio de Loyola, a quem Nossa Senhora apareceu e ditou o livro "Os Exercícios Espirituais". Santo Inácio foi o fundador da Companhia de Jesus: os jesuítas.

Para cada ordem religiosa Deus dá um dom especial. Não se pode negar que aos jesuítas foi dado uma grande inteligencia. As poesias escritas pelo Beato José de Anchieta, seu carinho apostolico com o Brasil é coisa para ser lembrada para todo o sempre.

Assim os jesuitas ensinavam nas escolas, nas universidades...
Para que a Revolução pudesse andar para frente, era preciso eliminar os jesuitas, e dar uma formação revolucionaria nas escolas. Assim foi o infeliz século posterior ao da Revolução Francesa.

A Revolução Francesa, não foi simplesmente uma revolução que queria derrubar a Monarquia, mas sim um movimento revolucionário que pretendia impor uma mudança de mentalidade com uma tremenda perseguição à Igreja Católica. Inúmeros são os fatos históricos narrando esses episódios tristes de perseguição aos Católicos; fatos esses que a própria Revolução procurou esconder nas escolas. No Blog “O Combate” (http://ograndecombate.blogspot.com/) pode se ler alguns desses episódios.

Depois da Revolução Francesa, como ficaram os católicos?

Relato aqui um pequeno trecho sobre “os católicos franceses do século XIX”, tendo a certeza de que levarei para todos que lerem esta postagem, uma admiração pelos ULTRAMONTANOS e pelos CONGREGADOS MARIANOS:

No primeiro capítulo de seu livro Des intérêts catholiques au dix-neuvième siècle, Montalembert, descrevendo a situação da Igreja em 1800, mostrava em toda parte ruínas e perseguições, e não vislumbrava nesse vasto naufrágio o menor sinal que justificasse a esperança de melhores dias para a Igreja de Nosso Senhor. Uma testemunha dessa época, Joseph de Maistre, respondia a uma carta do Marquês de *** com estas palavras: "O Sr. me pede para abrir o coração sobre uma das maiores questões que podem interessar hoje um homem sensato. Quer que eu exponha meu pensamento sobre o estado atual do Cristianismo na Europa. Poderia lhe responder em duas palavras: olhe e chore".

Realmente tudo parecia perdido. Depois de ter abatido um dos mais fortes e mais gloriosos tronos da Cristandade e aprisionado o Santo Padre, fonte e seiva da Civilização Católica, a Revolução, julgando ter realizado a primeira parte do seu programa, iniciava uma nova fase, na qual, sem os horrores dos tempos iniciais, espalhava suas idéias num mundo atemorizado, o qual buscava nessa pretensa conversão do monstro revolucionário o pretexto para não mais o combater. Por outro lado, as monarquias tradicionais, que deveriam liderar a reação, procuravam se amoldar aos novos princípios, numa ânsia insofrida de não perder seus tronos. Para agravar a calamidade, morto Pio VI em Valença, a Igreja entrava no novo século sem Pastor e com o Sacro Colégio disperso, impedido de voltar a Roma e enfrentando as maiores dificuldades para se reunir a fim de eleger o novo Pontífice.

Titubeantes e fracos no início da Revolução, sacrificando tudo quanto era humanamente possível para não enfrentá-la, os católicos, no entanto, haviam suportado o martírio com denodo quando a Revolução quis exigir mais do que eles poderiam conceder. Essa firmeza na defesa de seus princípios transformaria a fisionomia do século, que se iniciava com tão maus prognósticos. Um renascimento católico pujante seria o fruto dos sofrimentos e da bravura dos católicos da era da Revolução.

Assim ia-se no século XIX.
Esse reflorescimento católico foi universal, bastando lembrar os nomes de O Connell na Inglaterra, Balmes e Donoso Cortés na Espanha e Windhorst na Alemanha. Mas, como não poderia deixar de ser, foi a França o seu berço, e lá serão travadas, durante todo o curso de século XIX, as batalhas mais acesas entre a Igreja e a Revolução, batalhas essas seguidas com interesse por todo o mundo, e cujo resultado era ansiosamente esperado, pois indicaria o curso que seria seguido pela humanidade. Assim, estudando o movimento católico francês ter-se-á uma visão de conjunto do Catolicismo no século XIX.

Esse movimento teve por ponto de partida dois homens, dos quais um é justamente célebre e de renome universal, e o outro injustamente esquecido: Joseph de Maistre e o Pe. Bourdier Delpuits.

Justificando o velho ditado de que Deus escreve direito por linhas tortas, um dos grandes benefícios advindos indiretamente da Revolução, senão o maior, foi ter levado Joseph de Maistre a escrever os seus célebres livros. Senador da Savóia e vivendo num país organizado, sua existência transcorria serena quando arrebentou a Revolução. Obrigado a emigrar, o espetáculo de devastação que presenciou e sua larga visão do futuro levaram-no a tomar da pena para combatê-la, advertindo a humanidade dos perigos que correria se seguisse seus princípios e apontando o abismo em que fatalmente viria a cair com sua vitória. Daí os livros que o fizeram um clássico da literatura francesa, entre eles o célebre "Du Pape", que o transformou em líder das novas gerações católicas.

O livro "Du Pape", verdadeiro hino ao Papado, restabelece o seu verdadeiro lugar na História, os seus direitos e prerrogativas, e principalmente dá um impulso novo à doutrina da infalibilidade do soberano Pontífice, que o Concílio do Vaticano, em 1870, promulgaria dogma. Foi o livro que mais influiu nos católicos do século XIX. Daí por diante foram conhecidos por ultramontanos os que seguiam as suas idéias. Louis Veuillot, respondendo a "Le Siècle", que apontava o ultramontanismo como uma nova seita, podia dizer que católico e ultramontano eram palavras perfeitamente equivalentes, sendo uma sinônima da outra; pois, a não ser os galicanos, todos os católicos se declaravam ultramontanos.

O Pe. Bourdier Delpuits entrara muito jovem na Companhia de Jesus. Em 1762, quando esta fora expulsa da França, ainda não tinha ele pronunciado os últimos votos, o que lhe permitiu entrar no clero secular. Durante a Revolução, foi preso e exilado, mas voltou à França antes da queda de Robespierre, por julgar de seu dever exercer ali o sagrado ministério, apesar dos perigos que corriam os padres refratários. Preocupado com a situação dos jovens, e principalmente dos universitários, o Pe. Delpuits, aproveitando a liberdade que Napoleão concedera ao exercício do culto, fundou a 2 de fevereiro de 1801 a Congregação Mariana Santa Maria Auxilium Christianorum, conhecida na história da França simplesmente por "a congregação".

Foi essa Congregação Mariana que deu verdadeira formação religiosa à juventude que crescera sob a Revolução. Dela saíram os primeiros grandes nomes católicos neste século: o Duque Mathieu de Montmorency, o Cardeal Príncipe de Rohan e Félicité de Lamennais. Seus congregados eram incansáveis no serviço da Igreja. Quando Napoleão, depois de tentar subjugar a Igreja, entrou em luta aberta contra ela, foram os congregados que trouxeram a bula de excomunhão do imperador e a publicaram em Paris. No auge da luta, quando Napoleão prendeu o Papa e impediu a comunicação entre os cardeais, foram eles que, burlando a polícia mais bem organizada daquela época, serviram de mensageiros entre os membros do Sacro Colégio que estavam na França. A congregação foi a primeira a ser combatida pelos revolucionários, que no fim da restauração lhe moveram uma perseguição sistemática, até abatê-la, aproveitando-se da fraqueza de Carlos X. Mas, ao desaparecer, a semente já estava lançada: conversão numerosa se anunciava, e Lamennais já liderava um dos mais auspiciosos movimentos católicos que jamais apareceram na França.

Napoleão não se iludiu com a pseudo-derrota da Igreja no início do século, e tentou uma retirada dando-lhe aparente liberdade, mas tentando por todas as formas subordiná-la ao Estado. A Restauração mostrou-se incapaz de reconstruir a antiga monarquia francesa. Aproveitando-se de todas as instituições napoleônicas, tentou se amoldar às novas idéias e restaurar o absolutismo estatal em matéria religiosa. Toda a política eclesiástica de Luís XVIII e Carlos X visava ressuscitar o galicanismo. Se a França não se tornou um país galicano, isso se deve em grande parte a Félicité de Lamennais.

Lamennais aliava a uma inteligência genial um dom excepcional de proselitismo. Discípulo de Joseph de Maistre, reuniu em torno de si uma verdadeira plêiade de futuros grandes nomes do Catolicismo, formando-os e difundindo as idéias ultramontanas. Assim, vemos em La Chênaie, seu quartel general: D. Guéranger, o restaurador da liturgia romana; o Pe. Salinis, que seria cardeal e um dos primeiros jornalistas católicos; o Pe. Rohrbacher, o melhor historiador da Igreja no século XIX; o Pe. Gerbert, que Louis Veuillot considerava um dos mestres da literatura francesa; o Conde de Lacordaire, Montalembert e tantos outros, sem contar os trânsfugas como Lamartine e Victor Hugo.

Houve uma profunda perseguição nos meios estudantis, pois queriam formar alunos com uma mentalidade anti-católica, criando assim uma “nova geração” onde o catolicismo pudesse ser apagado da mente dos homens. E isso só seria possível se começasse o ensino da revolução nas escolas. Agora o perigo tornou-se demasiadamente perverso.

Não se tratava mais de conseguir licença para abrir escolas católicas, mas sim de combater o ensino universitário, mostrando quanto ele era contrário à doutrina católica.

Foi proibido ser professor e pertencer à congregação dos Jesuítas.

Desde a sua fundação os jesuítas foram combatidos pelos inimigos da Igreja, e as calúnias que contra eles se levantavam sempre encontravam eco em certos católicos de má vontade. A corrente de pensamentos liberais era no sentido de expulsar todos os jesuítas, e assim aconteceu. Os jesuítas foram brutalmente perseguidos e afastados das escolas proibindo que qualquer pessoa que tivesse alguma afinidade com os jesuítas fosse professor.

(Fonte: Ultramontanos séc XIX, Os Católicos Franceses do Século XIX - Parte 1 - Bertrand de Poulengi – publicado na Revista Catolicismo - Janeiro de 1951)